quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dicas valiosas de som automotivo !!!(somautomotivobrasil)!!!

Você é iniciante em som automotivo? Cuidado para não ser enganado e comprar o que não precisa ou produtos de péssima qualidade, essas dicas vão poupar seu tempo e dinheiroComeçando no som automotivo e perdido? Visitou várias lojas e ouviu opiniões muito divergentes sobre projetos, marcas e parâmetros sobre o que é um bom sistema de som? Achou estranho a loja insistir em woofer quando você pediu subwoofer? Ou empurraram um produto que você não sabe nem para que serve? Leia as dicas abaixo para não passar apuros. As dúvidas são a compilação de um trabalho de três anos no SAC (Serviço de atendimento ao consumidor) da Audiophonic.

Perguntas e Resposta:
Pergunta: Quero melhorar meu som original, mas não quero gastar muito agora. Troco primeiro os alto-falantes ou o player (reprodutor)?
Resposta: Se considerarmos um reprodutor original, um reprodutor de R$300,00 e outro de R$600,00, por exemplo, você terá, mantendo os alto-falantes originais, uma melhora de 5-15% na qualidade final, com um aumento de potência quase insignificante. Se você trocar seus alto-falantes por outros de boa qualidade, a melhora será de 50-150%. E um aumento no volume de 30-100%. Portanto, sugerimos trocar primeiro os alto-falantes se a ordem é orçamento limitado para um resultado final de grande percepção.
Pergunta: Que tipo de caixa é melhor, selada ou dutada?
Resposta: Depende. A caixa selada ocupa um espaço menor e quando bem feita, confere maior qualidade musical. Já a caixa dutada ocupa um espaço (volume físico) maior, mas também confere maior volume sonoro. Há subwoofers feitos apenas para caixas seladas e outros apenas para caixas dutadas. E há os meio termo.
Pergunta: Como saber se o subwoofer que quero é para caixa selada ou dutada?
Resposta: Fácil. Procure os dados técnicos do produto. Nos dados TS (Thielle-Small) que se encontra no manual, divida o FS pelo QTS. O número resultado é chamado de EBP. Se o EBP for acima de 50, é um subwoofer mais indicado para caixas dutadas. Se for abaixo de 50, é mais para selada. É possível usar um subwoofer de EBP abaixo de 50 em caixas dutadas, porém ele apresentará um pico nas baixas freqüências, é um truque muito utilizado por fabricantes para agradar quem gosta de subgrave forte quando em caixas dutadas. Já um subwoofer com EBP alto, acima de 60, não fica nada bom em caixas seladas.
Pergunta: Ouvi dizer que tem amplificador (módulo de potência) digital e AB. Qual é melhor?
Resposta: Os amplificadores digitais estão começando a entrar em sua fase de maturidade tecnológica, os primeiros voltados a qualidade estão sendo lançados agora no Brasil pela Audiophonic. Amplificadores digitais baratos ainda apresentam sonoridade fraca, sem precisão tonal, baixa dinâmica e devido a freqüência de chaveamento, costumam apresentar ruídos. Já os amplificadores AB foram padrão mundial até pouco tempo atrás, quando lançaram os primeiros digitais. A qualidade de áudio de um AB barato é melhor que a de um digital também barato. A grande vantagem do amplificador digital barato é sua eficiência – perde-se pouca energia transformada em calor. Dessa forma, quase toda energia consumida é revertida em áudio amplificado. Nos amplificadores AB há uma perda um pouco maior, além de esquentar mais também. Outra diferença é o tamanho, os digitais costumam ser menores que os AB.
Pergunta: Quero som para dentro, uso woofer ou subwoofer?
Resposta: Use subwoofer. Em som de qualidade, buscamos reproduzir TODAS as freqüências de uma música, ou seja, reproduzir a música por completo. O subwoofer reproduz subgrave (daí o porquê se chamar SUBwoofer) e grave. O woofer reproduz grave (100 a 250Hz) e tem pouca ou nenhuma eficiência no sub-grave (o sub-grave compreende o espectro de freqüência de 1 a 100Hz). Um subwoofer tocando para fora também não apresentará o mesmo resultado que um woofer. Assim como um woofer tocando para dentro é, para a esmagadora maioria das pessoas, impossível de agüentar, irritante.
Pergunta: Mas posso usar um subwoofer para tocar para fora? Fica ruim?
Resposta: Poder pode, mas não ficará tão bom quanto um woofer em ambientes abertos. Você verá o cone excursionar no limite e não ouvirá o grave vindo forte. Entretanto, há projetos de som para fora onde se usa subwoofer (no mínimo um de 12” em caixa dutada) ao invés de woofer, onde não se busca volumes altíssimos, ensurdecedores. Busca-se maior qualidade sem saturar os ouvidos e um sonzinho bom para animar a galera numa distância de até 12-15 metros. Se quer muito volume e o espaço é muito maior, vá de woofer.
Pergunta: Qual a vantagem de um pentaxial em relação a um coaxial?
Resposta: Nenhuma, se o que você busca é qualidade e refinamento. O princípio do som de qualidade é que haja equilíbrio espectral – a proporção adequada entre subgrave, grave, médio e agudo. Se você utiliza um alto-falante com 3, 4, 5 tweeters, em tese, você terá muito agudo comparado ao grave e médio do mesmo falante. Há também quadriaxiais, pentaxiais e hexaxiais cujos tweeters ou não funcionam ou, funcionam via pastilha, que só produz um som chiado, não música. O motor de qualquer alto-falante é a bobina. Num pentaxial, há a bobina do mid-bass e apenas um dos tweeters tem bobina própria, os demais funcionam através da pastilha ou, nem pastilha tem. Nenhuma marca séria no mundo fabrica alto-falantes com mais de um único e bom tweeter. Nenhum carro precisa de 5 rodas para andar mais, nem F1. O alto-falante é a mesma coisa, um único e bom tweeter é o ideal, principalmente para quem gosta de ouvir em volume alto sem saturar os ouvidos.
Pergunta: Qual o melhor sistema de som, 5.1 ou 2.1?
Resposta: Para música, o bom e velho estéreo 2.1 (dois alto-falantes e um subwoofer) é e sempre será a melhor opção. O sistema 5.1 foi criado para gerar efeito surround (ao redor) e é usado para filmes, o famoso home-theater. Há ainda o sistema 4.1 (quatro alto-falantes e um subwoofer), mas este não tem foco em alta qualidade, pois perde-se o efeito palco sonoro que o projeto 2.1 confere, quando usado com kit componente de 2 ou 3 vias.
Pergunta: Estou na dúvida se coloco um kit 2 vias ou um par de 6×9. Quero qualidade, o que é mais indicado?
Resposta: O kit 2 vias certamente. Quando assistimos a um show ao vivo, há uma banda que se apresenta sobre o palco, à nossa frente já que ficamos na platéia. Portanto, o som deve vir da frente para trás. O palco na qual a banda se apresenta tem largura, altura e profundidade. No som de qualidade buscamos projetar o som da mesma maneira, obedecendo a nossa fisiologia humana, uma vez que nossos ouvidos e orelha se localizam em nossa cabeça e não no joelho ou nas costas. Portanto, nossas orelhas captam com maior clareza sons oriundos de um ângulo de 180º graus, lateral e frontal. Ninguém assiste a um show de costas.
Pergunta: O vendedor da loja de som ficou me empurrando uns cabos RCA caros, segundo ele, são de dupla ou, tripla blindagem. Cabo faz tanta diferença no som? Vale a pena investir nisso?
Resposta: Depende. De nada adianta você utilizar um player de primeira linha se seus alto-falantes e amplificador estão num nível muito inferior. Assim como usar alto-falantes high-end com um reprodutor de qualidade bastante limitada. O resultado final estará sempre nivelado pelo produto de menor qualidade. Se você tem um bom amplificador, bons alto-falantes, bom reprodutor, nesse caso é sim indicado o uso de um RCA de dupla ou tripla blindagem. A blindagem do RCA nada mais é que uma proteção contra interferências. Deve-se observar também a qualidade do cobre, conectores e a construção geral.
Pergunta: Meu amplificador e player tem, respectivamente, entrada e saída alta (fio). Posso usá-la ao invés da entrada e saída RCA?
Resposta: Sim, pode. Mas é unanimidade em todo o mundo, entre todas as marcas, instaladores e revendedores existentes que a entrada e saída RCA confere muito mais qualidade que a fio (alta).
Pergunta: Ganhei um subwoofer de presente, já tenho uma caixa dutada com 40 litros. Posso usar essa caixa com este subwoofer?
Resposta: Se você quer extrair o máximo do seu subwoofer, seja qualidade ou volume sonoro, é necessário verificar qual o melhor volume e sintonia de duto para ele. Cada subwoofer pede um volume e sintonia de duto muito específico a ele. Verifique com o fabricante a caixa mais indicada, ou, peça para a loja que adquira o software POWER-X que faz o cálculo preciso e criterioso da sua caixa, com foco no resultado final.
Pergunta: Instalei meu som, mas não gostei. Parece que o som toca mais de um lado do que do outro. É defeito do player ou do amplificador?
Resposta: Provavelmente de nenhum deles. Peça a loja de som que reveja a polaridade dos alto-falantes, talvez equivocadamente o fio negativo do alto-falante foi ligado a saída positiva do amplificador e seu alto-falante de um dos lados está tocando do contrário.
Pergunta: Os tweeters do meu kit 2 vias queimaram. Posso comprar outros tweeters de outra marca e usar com o mesmo crossover e mid-bass atuais?
Resposta: Se busca qualidade, provavelmente não. Cada tweeter tem um FS (Frequência de ressonância) e um corte passa-alta diferente um do outro. Se você, por exemplo, tinha um tweeter com FS de 2Khz, cortado para trabalhar de 5Khz para cima e, comprar um tweeter com FS de 3Khz, cortado em 6,5Khz, haverá um buraco no seu som. Ou seja, é improvável que você consiga um tweeter com as mesmas características para harmonizar com seu crossover.
Pergunta: Qual o melhor kit componente de 2 vias para tocar rock? E para tocar axé?
Resposta: Se o alto-falante é bom, ele toca bem qualquer estilo musical. Não existe alto-falante específico para cada tipo de gênero musical.
Pergunta: Uma loja me recomendou comprar um mega-capacitor, pois gosto de ouvir música bem alto. O que é isso? Funciona mesmo?
Resposta: A bateria não possui capacidade de carga tão rápida mesmo com o motor ligado e o alternador gerando energia sem parar. Quando exigida ao extremo, com volumes muito altos, percebe-se que as luzes do carro piscam com as batidas da música. Ou seja, seu sistema de som está subalimentado. Perde-se um pouco da macro-dinâmica no seu som, a chamada “pegada”. A função do mega-capacitor é de auxiliar a bateria, conseguindo suprir essa energia extra na potência pico das batidas musicais. A unidade de medida dos mega-capacitores é em farad. 1 farad equivale a 1.000.000 (1 milhão) de micro-farades (daí o nome MEGA-capacitor). 1 farad atende 500 Wrms ou 1000 W pico. Para um capacitor ter 1 farad, precisa haver por exemplo, 100 capacitores de 10.000 micro-farads cada um, totalizando então 1 milhão de micro-farads ou, 1 farad. Cada capacitor tem mais ou menos o tamanho da ponta de um dedo, veja a imagem abaixo:
Imagem 1
Pergunta: Meu amplificador mono tem um ajuste chamado subsonic filter. O que é isso?
Resposta: O filtro subsônico é nada mais que um filtro passa-alta do subwoofer. Ou seja, ajustamos a freqüência a partir da qual queremos que o subwoofer trabalhe e também limitamos a freqüência de trabalho no corte LPF (corte passa baixa) que normalmente é feito em 100Hz. Ajustá-lo em 10Hz ou 20Hz pode ser um grande problema, pois embora a gente queira que o grave venha das “profundezas infinitas”, nem sempre sua caixa ou subwoofer conseguem trabalhar em freqüências tão baixas. E quando exigido com volume muito alto, pode causar excesso de excursão, fazendo com que a bobina trave fora do gap. Ou, a própria queima do subwoofer. Uma boa margem de segurança, principalmente em caixas seladas grandes, é ajustar o filtro subsônico em 40Hz. Se você ouve em volume alto, mas não muito alto, pode-se ajustar em 30Hz.
Pergunta: Como posso saber se a potência declarada do meu amplificador é real?
Resposta: Há tecnologias empregadas hoje na construção de fontes e transformadores de produtos high-end que fazem a resposta ser “depende”. Entretanto, como marcas high-end não mentem potência exatamente por estarem em conformidade com normatizações internacionais como o CEA, FCC e afins, é improvável que isso ocorra com produtos deste nível. Já em amplificadores mais comuns, uma dica para ter algum parâmetro é a fórmula padrão de potência, que se aplica a aspirador-de-pó, microondas, lâmpadas, compressor de água, etc. Basta multiplicar corrente por tensão. Ou seja, amperagem por voltagem. A voltagem padrão de um carro é 12V. Com o motor ligado, a voltagem média é de 13V. Se você tem um amplificador com fusível de 60Ah, você terá 60 x 13 = 780 Watts totais possíveis. Se o seu amplificador declara uma potência de até 780 Watts neste caso, ele não está mentindo a potência.
Pergunta: Quero comprar um bom reprodutor, quais são os critérios que devo levar em conta?
Resposta: A princípio, considere somente a saída RCA do reprodutor. É importante que a saída tenha mais que 2,5V de saída. Os melhores ficam acima de 4V. Não se preocupe demasiadamente com a beleza estética do produto, você quer áudio bom e não um reprodutor bonito com sinal de áudio sujo.
Pergunta: Posso usar meu reprodutor original de fábrica para um som de alta qualidade?
Resposta: Se quer qualidade, definição e emoção a resposta é não para 95% dos casos. Com exceção de alguns carros importados ultra-sofisticados, praticamente todos os reprodutores originais são ineficientes no que se refere à qualidade do sinal de áudio. E seu som pode piorar ao invés de melhorar! Como isso? Simples. O sinal de áudio do reprodutor de baixa qualidade sai sujo e é enviado ao amplificador de boa qualidade, high-end. Essa sujeira é amplificada e enviada aos alto-falantes que, se também forem voltados a áudio HD, irão reproduzir a sujeira amplificada em alta definição. Ninguém quer ouvir distorção, chiado, abafamento e ruídos em alta definição, concorda? Portanto, se quer som bom, não adianta só investir em amplificadores, alto-falantes, cabos e fios high-end. Seu som ficará nivelado pelo elemento de menor qualidade, sempre.
Pergunta: Por que deve-se lixar a área da carroceria do parafuso do cinto de segurança ao fazer o aterramento do amplificador?
Resposta: A tinta do veículo age como um semi-isolante. E o aterramento deve obedecer ao mesmo dimensionamento do cabo força (positivo). Dessa forma, não apenas o cabo terra deve ter a mesma bitola (grossura) do cabo positivo, como também deve-se usar terminais adequados e ao eliminar a tinta no local do aterramento, consegue-se em média 40Ah a mais de sustentação.
Pergunta: Meu amplificador mono tem um ajuste chamado de subsonic filter, para que serve?
Resposta: O corte de filtro subsônico é como um filtro HPF do subwoofer. Ou seja, ele determina a partir de qual freqüência seu subwoofer irá trabalhar. É essencial, fundamental, muito importante entender que nem todos os subwoofers e caixas conseguem trabalhar com freqüências muito baixas, normalmente abaixo de 35Hz. Se o seu amplificador estiver com o filtro subsônico ajustado em 15Hz por exemplo, você terá excesso de excursão do cone, podendo levá-lo a queima ou travar a bobina fora do gap. Portanto, um ajuste seguro é normalmente entre 35 e 45Hz, principalmente se você ouve em volumes muito altos.
Pergunta: Meus alto-falantes vivem queimando. O que há de errado?
Resposta: A causa número 1 de queima de alto-falantes é a distorção. Podemos dizer que 8 entre 10 casos de queimas é devido a distorção, causada por amplificadores de baixa qualidade, com foco apenas na potência. A segunda causa é excesso de potência por longos períodos de tempo e a terceira é entrar corpos-estranhos na bobina quando o alto-falante é instalado, como limalha, serragem, etc. Tente ligar um alto-falante de 80Wrms/160W pico diretamente a um player, sem amplificador. Ligue no máximo, grave no máximo, tudo no máximo e verá que haverá muita distorção oriunda do player. Deixe assim por algumas horas e verá que o alto-falante irá queimar. Mesmo sendo um alto-falante de 80Wrms e o player mandando por volta de 20W (limpos) e 50W (pico, com mais de 50% de distorção), o alto-falante irá queimar.
Pergunta: A distorção então vem apenas do amplificador e player (saída alta)?
Resposta: Não. A distorção pode vir do alto-falante também. Aplicar 80Wrms limpos em um alto-falante que suporta apenas 20Wrms causará distorção. Assim como exigir mais de 60% da potência (saída alta) de um player gera muita distorção do próprio reprodutor. O mesmo vale para amplificadores de baixa qualidade. Apresentam pouca distorção até 40, 50% da potência máxima possível. Acima disso, a distorção vai aumentando até chegar a níveis insuportáveis para as bobinas dos alto-falantes.
Pergunta: Mas eu não ouço essa distorção no ouvido, como posso saber se realmente ela existe?
Resposta: A distorção não é muito assimilada por ouvido até mais ou menos 20%, devido ao fato de seus ouvidos já terem perdido momentaneamente a sensibilidade com o som já muito alto, acabamentos e objetos internos tremendo e fazendo mais barulho. E com vidros abertos, o próprio barulho de outros carros, buzinas, motos, etc podem reduzir a sensibilidade de seus ouvidos em relação à distorção. Mas ela existe e é muito sentida pela bobina do alto-falante.
Pergunta: Meus amplificadores já queimaram várias vezes, de diversas marcas e modelos. O que há de errado?
Resposta: A causa mais comum é a falta de alimentação. Se o amplificador consome 100Ah por exemplo e você usa uma bateria de 60Ah, seu sistema está sub-alimentado. Outra causa é a queima de um dos canais. A explicação é simples – você ouviu seu som acima do limite por muito tempo. A bobina do alto-falante ficou incandescente e quando estava prestes a queimar, você por acaso desligou o som. Ao resfriar a bobina, ela ficará com sua resistência (RE) muito baixa uma vez que o verniz da bobina terá queimado junto, alterando então a impedância da bobina para baixo. Se a impedância cair muito, é possível que o canal do amplificador ligado a este alto-falante queime por não trabalhar com impedâncias baixas. Portanto, em casos de canais de amplificadores queimados, verifique se o RE da bobina (use um multímetro) está conforme os parâmetros indicados no manual. Se estiver abaixo, substitua seu alto-falante para que não volte a queimar a saída do canal do amplificador novamente.
Pergunta: Comprei um Audiophonic Club 5.1 HP, posso usar a bateria original de 48Ah do meu carro?
Resposta: Você consegue fazer um bolo de 10 kgs com apenas 1 kg de farinha? Impossível, não é? A mesma lógica se aplica ao som. Não dá para alimentar um amplificador de 1250W com uma bateria original. Se o seu amplificador consome até 120Ah para gerar potência máxima, é necessário que você disponibilize os 120Ah de alimentação. Entretanto, como muitos consumidores buscam qualidade e não “treme-treme”, muitos são orientados a usar bateria de no mínimo 80Ah, já que não irão abusar do volume e, conseqüentemente, a potência x consumo máximo do amplificador.
Pergunta: O que toca mais, dois subs de 10” com 300Wrms cada ou, um subwoofer de 12” com 800W?
Resposta: Depende. Em áudio é equivocado tirar conclusões baseadas apenas em números. É errado achar que se um carro tem 120CV e atinge 200km/h de velocidade máxima, com um motor de 240cv vai atingir 400km/h, como numa regra de três. Há inúmeras variáveis nisso que devem ser consideradas como acústica do carro (FS), ajustes, qualidade da caixa, sintonia da caixa, qualidade do alto-falante, amplificador utilizado, sensibilidade (spl) do subwoofer, etc. Se quer qualidade, um subwoofer de 10” é normalmente mais indicado. Considerando que
você quer muito volume com qualidade, dois subs de 10” de 300Wrms provavelmente tocarão mais forte que um de 12” com 800Wrms, porém não se esqueça que isso depende muito dos demais elementos. Muita gente já viu outros sons com menos potência e falantes de tamanho menor tocando muito mais que outros sons com milhares de watts e alto-falantes monstruosos. A qualidade na instalação e ajustes fazem muita diferença.
Pergunta: Como é o ajuste padrão dos cortes HPF e LPF?
Resposta: Em áudio, queremos que todas as freqüências das músicas sejam reproduzidas, ou seja, queremos ouvir a música por completo, certo? O corte HPF é para os alto-falantes estéreo, este corte determina a partir de qual freqüência eles irão atuar no áudio. Um corte padrão é de 100Hz. E o corte LPF é para o subwoofer, neste ajuste determinamos até qual freqüência o subwoofer irá trabalhar. Em áudio de qualidade, queremos que não haja sobreposição de freqüências (subwoofer tocar as mesmas freqüências que o kit 2 vias). Dessa forma, se o HPF foi cortado em 100Hz, o LPF deve também ser cortado em 100Hz. Assim o kit passará a tocar exatamente onde o subwoofer para de trabalhar.
Pergunta: Ouvi dizer que quanto mais baixo eu cortar as freqüências, melhor. É verdade?
Resposta: Em tese sim, na prática não sempre. Aliás, raramente na prática. Depende muito da qualidade dos seus produtos e, principalmente, da acústica interna do carro. O ideal é ajustar nos ouvidos, o fato de um alto-falante declarar um FS (freqüência de ressonância) baixo, não significa que dentro das portas do seu carro ele conseguirá eficiência sonora contundente nas baixas frequências. É como falar que um Koenigsegg Agera atinge mais de 400km/h. Sim, isso desde que as condições de tempo, asfalto, pressão atmosférica e vento estejam a favor. Caso contrário, em uma pista de barro a mais de 2000 metros de altitude, com muito vento e chuva, ele não poderá passar dos 150km/h. Som é a mesma coisa, não se deve observar o produto e seus parâmetros técnicos individualmente. Há portas mais travadas que outras. Assim como há portas com maior volume interno que de outros carros.
Pergunta: Qual a diferença de Hi-Fi, High-End e HD?
Resposta: Qualquer produto que empregue tecnologia de ponta é considerado high-end. Pode ser celular, televisão, calculadora, roupa, máquina de lavar, raquete de tênis, alto-falante, peruca, dentadura, etc. Já Hi-Fi é a arte de fazer um som tridimensional e de alta definição. No Hi-Fi automotivo, usamos um produto chamado de TA (Time Alignment), ou seja, alinhamento de tempo. Atrasamos levemente o áudio do lado esquerdo, já que sentamos do lado esquerdo no carro para que o som chegue aos nossos ouvidos no mesmo tempo que o som dos alto-falantes do lado direito. O objetivo deste atraso é conseguir definir a imagem sonora. Imagine-se sentado no centro de uma platéia, ouvindo a uma apresentação acústica de uma banda. Você notará que a projeção do áudio obedece a tridimensão espacial – altura, largura e profundidade. E de ouvido, conseguimos perceber isto em todos os momentos. Imagine-se conversando de olhos fechados com amigos. Sabemos só ouvindo que o Pedro está atrás do João, mas um pouco mais à esquerda. E sabemos se eles estão a 10 metros ou a 5 metros de distância. E no Hi-Fi busca-se a mesma coisa, conseguir notar se o contra-baixo está mais a esquerda do piano, que fica no fundo, levemente mais à frente da percussão. E a percussão fica quase centralizada, porém pouco mais atrás do vocal que está bem centralizado.  Em áudio, algumas músicas são gravadas para Hi-Fi, com posicionamento dos instrumentos (estéreo, o bom e velho estéreo). Outras já feitas com sintetização, masterização e outras artificializações acabam perdendo isto. Ou seja, o Hi-Fi não é apenas a qualidade do áudio em si, mas também a projeção tridimensional do som. Sua grande desvantagem é ser extremamente caro, difícil de ser feito e muito mais difícil de ser ajustado. E demora-se meses para conseguir fazer um ajuste decente, por um profissional realmente gabaritado e experiente. Já o áudio HD é praticamente como um Hi-Fi, porém sem a imagem sonora. Consegue-se a mesma qualidade de áudio do Hi-Fi (Veja neste link um artigo explicando sobre qualidade de áudio). É muito mais vendido por custar muito menos que um projeto Hi-Fi. Aliás, custa a mesma coisa que um projeto comum, apenas usa-se produtos com foco em qualidade e não apenas em potência isolada. Consegue-se um bom áudio HD a partir de 2.200,00 (sem o player) usando um APS 2.1 e kit 2 vias KS 6.1 .
Pergunta: Vi várias fotos de carros usados em campeonatos de Hi-Fi, onde os tweeters são posicionados de formas diferentes. Qual é o melhor posicionamento?
Resposta: Primeiramente, vamos estudar o termo on-axis e off-axis. Quando o tweeter é direcionado ao seu ouvido, chamamos isso de on-axis. Ou seja, direcionamento no “eixo” do ouvido. E off-axis é quando eles estão direcionados para outros lados que não sejam os ouvidos. O segundo ponto é entender que freqüências muito baixas são omni-direcionais. Ou seja, são propagadas para todos os lados. Por isso não sentimos muita diferença se o subwoofer é instalado virado para frente, para o lado, para cima ou para trás. Grave e sub-grave são omni-direcionais. Conforme as freqüências vão subindo, o áudio passa a ser mais direcional. Tweeters reproduzem freqüências altas e altíssimas, portanto o áudio é bastante direcional. Dessa forma, é um dos elementos mais importantes no que se refere ao posicionamento. Agora vamos às opções de posicionamento.
1) Quero som bom só para mim, motorista.
Use direcionamento on-axis. Tweeter do lado esquerdo na coluna (chamamos de peitinho) e direcionado ao seu ouvido esquerdo. E o mesmo para o tweeter do lado direito, direcionado ao seu ouvido direito. Assim consegue-se maior percepção do detalhamento da música, tornando-a mais envolvente.
2) Quero som bom para mim e para minha namorada, os do banco traseiro não importam pois quase nunca levo ninguém atrás.
Use direcionamento on-axis cruzado. Ou seja, o tweeter do peitinho direito direcionado ao ouvido direito do motorista e o tweeter do peitinho esquerdo direcionado ao ouvido esquerdo do carona.
3) Quero som bom para todo mundo.
Não ficará tão bom para você quanto a opção 1, mas ainda assim, bom. Direcione os tweeters para que “cruzem” bem no centro do habitáculo, alguns centímetros acima do ombro do motorista. Ficarão parecidos com a opção 2, porém com angulação um pouco mais aberta.
Pergunta: Do que preciso para ter um áudio HD?
Resposta: Se quer um BOM áudio HD, a sugestão é a mais simples e econômica. Um amplificador 4 canais HP 4000, um kit 2 vias KS 6.1 e um subwoofer S1 em caixa selada para qualidade. Quem quer ter um coaxial atrás, pode ligá-lo diretamente ao reprodutor, assim você conseguirá manter a opção FADER. E utilize do FADER para manter o coaxial traseiro fechado a fim de conseguir o efeito palco sonoro com o kit 2 vias. Quando houver passageiros no banco traseiro, abra o FADER para que o som se equilibre dentro do carro.
Pergunta: Como ajusto meu som no player, para um áudio HD e de alta qualidade?
Resposta: Se você está utilizando um bom player, bom amplificador, bons alto-falantes e bons fios e cabos, deixe tudo em FLAT. A opção de equalizar para aumentar ou diminuir o grave/agudo/médio é mais utilizada para tentar reduzir a ineficiência destes produtos quando a qualidade é muito baixa. Bons produtos são muito eficientes, portanto o grave, médio e agudo em FLAT já soam na proporção adequada. E em áudio de qualidade queremos ouvir a música exatamente como ela foi gravada, sem grave demais ou de menos, nem agudo demais ou de menos.
Pergunta: Não quero fazer peitinho no meu carro, posso instalar os tweeters posicionados sobre o painel, virados para cima?
Resposta: Pode. Ficará muito bom também. Entretanto seu palco sonoro pode ficar levemente estreito. O importante é não colocá-lo muito ao fundo, encostado do pára-brisa. A própria angulação do vidro pode “cornetar” o agudo, tornando-o levemente irritante. Se isso for impossível de ser evitado, inverta a fase dos tweeters.
Pergunta: Meu amplificador queimou, será que é devido à falta de um porta-fusível?
Resposta: Não. O porta-fusível visa proteger o veículo em caso de curto circuito. O amplificador conta com fusível próprio para protegê-lo em caso de sobre-carga.
Pergunta: Instalar o tweeter no local original do carro fica bom?
Resposta: Depende do carro. Em alguns carros o local original do tweeter é muito baixo, muitas vezes na própria porta como no Punto. E em outros carros, como o Palio antigo fica virado para trás e abafado pela coluna de direção. Já num Fox por exemplo, fica numa boa posição. O ideal é que o tweeter fique posicionado na altura do nariz.
Pergunta: Qual a melhor forma de instalar um mid-bass nas portas?
Resposta: Use um espaçador (baffle) de MDF para travar bem o mid-bass. Quanto mais travado, melhor. Evite espaçadores originais de plástico. Use sempre bons parafusos para prendê-los, nada de cintas plásticas, grampos ou parafusos “gambiarra”. A linha SENSATION da Audiophonic é de perfil semi-slim, compatível com qualquer porta.
Pergunta: Quanto maior a potência, maior o volume certo?
Resposta: Em tese sim, na prática nem sempre. Quando uma montadora declara que um motor tem 150cv por exemplo, há uma normatização de medição que deve ser obedecida. Em som automotivo, não há nenhuma lei que obrigue as marcas a seguirem uma normatização nacional ou internacional. Não é difícil ver alto-falantes e amplificadores declarando uma potência ilusória muito acima da verdadeira, para fins comerciais. Cuidado.
Pergunta: Qual o padrão de potência que devo considerar então?
Resposta: A potência RMS. Se o produto em questão declarar potência PMPO, tenha certeza que você está sendo enganado. E conforme o item acima, nem sempre a potência RMS declarada é a verdadeira.



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