A Arena é nossa. Mais do que nunca!14 de outubro de 2014
96Por Carlos Rollsing
Confesso que fiquei surpreso no início da madrugada desta terça-feira, quando me preparava para dormir. Já deitado na cama, acessei o site de Zero Hora para ver se tinha alguma notícia quente das últimas horas.
Logo deparei com reportagem do Luis Henrique Benfica: “Negociação para compra da Arena avança, mas data do anúncio não é confirmada”.
Embora soubesse, como a maioria dos gremistas, da existência das negociações, fiquei surpreso porque sempre imaginei que a complexidade dessa operação demandaria bastante tempo. Mas a direção foi ágil. Tudo indica que faltam apenas detalhes para a oficialização do negócio com a OAS. Se, desta vez, não ganhou títulos, o velho e histórico Fábio Koff marcou sua passagem pela presidência por tornar o contrato menos prejudicial ao Grêmio no primeiro aditivo contratual e, agora, ele encaminha a compra dos direitos de administração da Arena. Vale lembrar que o estádio mais moderno da América Latina já é do Grêmio. O que estamos fazendo agora é comprar o seu direito de gestão. A OAS não colocará mais o seu bedelho na organização dos jogos, venda e preços de ingressos, aluguel das dependências e qualquer outro tipo de uso. Isso é bom. A relação com a OAS sempre foi difícil. O Grêmio não precisará repassar mais parte da receita de quadro social à construtora. Ótimo.
O negócio seria concretizado com o pagamento de parcelas anuais de R$ 24 milhões, a partir de 2016. Ao final de duas décadas, estará quitada a conta de R$ 480 milhões. Mantenho minha preocupação com o pagamento desse montante. E tenho receio com a possibilidade bastante real de o contrato obrigar o Grêmio a oferecer garantias bancárias.
Para fazer frente a esse pagamento, vamos ter de explorar de uma vez por todas o potencial de geração de receita da Arena com lojas, restaurantes, eventos, shows e sei lá mais o que. Quem sabe a venda no naming rights.
Quanto aos custos de manutenção da Arena, que passarão ao Grêmio, não tenho tanta preocupação. A informação sempre foi de que eles são inferiores ou semelhantes aos do Olímpico, estádio mais antigo e menos funcional.
Vou pela linha do otimismo, mas com pés no chão. Com boa geração de receita, será um importante negócio. Agora, só restará o pessoal do Bergamotão como inquilino.
Fonte
A Arena é nossa. Mais do que nunca!